::Escritos do MHLima:: Escrevendo algumas ideias...

Tem dias que estou muito a errar, o falhar está a me cercar, no pequeno sempre a fracassar, frequentemente a reclamar. Parece que nada está a se acertar, minhas incoerências a se destacar, vejo a santidade de mim se afastar, nada de correto consigo realizar. Muita autossuficiência a exalar, por mim mesmo nada posso solucionar, essa realidade é difícil de aceitar, a arrogância tenho de silenciar. É preciso parar e ao Eterno se entregar, muita coisa não podemos controlar, há Aquele que jamais há de desamparar, está sempre a cada um de nós a cuidar.

Frequentemente presam pela aparência. Volta e meia se afastam da essência. Desaparece a autoconsciência. Aflora fortemente a carência. Perde-se de vista toda a eficiência. Confusa se torna cada evidência. Da sanidade vê-se a ausência. Isso cheira a um pouco de demência. Dificuldade em manter a persistência. Acirra-se muito a concorrência. A reclamação está em alta frequência. Nenhum sinal da inocência. Por todo lado existe divergência. Há excesso de negligência. Comum parece ser a prepotência. Poucos encontram a ideal referência. O fracasso está em proeminência. Crescem as formas de dependência. Do erro não conseguem a abstinência. Estranhamente desaparece a assistência. Somem muitas formas de convergência. Dificulta-se grandemente a convivência. A mudança é uma urgência. Ninguém se abre à emergência. É difícil seguir com a própria existência. Cada um deve reformular sua vivência. Necessário se faz sair da dormência. Não há espaço para a prepotência. Parece que o jeito é de...

É difícil o exemplo de Maria observar, no coração como ela tudo guardar, sobre nossas vivências meditar, queremos tudo aos quatro ventos bradar. Lentamente, estamos à perecer, o cuidado interior deve prevalecer, excesso de exterior vai nos empobrecer, isso deveria nos levar a tremer. Necessário se faz silenciar, para o interior se voltar, a própria conversão buscar, a verdadeira santidade almejar. A realidade é bom perceber, mas é necessário bem escolher, o que no interior se há de recolher, assim podemos evitar o nosso adoecer. É no pequeno que devemos mudar, no ordinário do cotidiano nos educar, Maria nos mostra o caminho a trilhar, a humildade e a serenidade devem nos inspirar.

Por vezes é difícil conviver, a empatia desenvolver, o outro bem aceitar e entender, relações são complexas de se manter. Amigo podemos sempre tentar ser, nem sempre o outro há de corresponder, a paciência é preciso manter, entre a altos e baixos faz parte o sofrer. Em meio a espinhos é possível florescer, porém a dificuldade há de aparecer, é necessário o outro para se viver, isolado o indivíduo a de padecer. Com a amizade cada um a de crescer, a vida interior poderá se fortalecer, de melhor modo cuidar do próprio ser, assim é preciso o amigo bem escolher. Parece muito simples o que estou a dizer, mas no cotidiano é difícil de exercer, escolhas erradas é comum acontecer, atenção ao se relacionar devemos ter. De outro modo, problemas a de conceber, a convivência poderá levar a perecer, muito será possível sofrer, quando uma boa escolha não se fazer.

Saudades de um abraço! daquele que me envolve como o aço, deixa sua marca no tempo e no espaço, vai além de qualquer embaraço ajuda a superar o erro e o fracasso, Sim, muito se cura pelo abraço! da mãe que acolhe em seu regaço, onde das dores me refaço, no qual os sofrimentos desfaço, nele a superficialidade amordaço. A vida se renova em meio ao abraço! nele ninguém se sente como palhaço, através dele, necessidades satisfaço, ligados como em um laço, mas livres para dar novo passo.  É sempre tempo de um abraço!

A zona de conforto pode até agradar, mas nela ninguém está a melhorar. É preciso, descansar e avançar, se faz necessário não estagnar. O incomodo vêm assombrar, o coração começa a acelerar. A transpiração está a se acentuar, sinais de ansiedade vêm manifestar. O importante é em nada a ação paralisar, o desconforto pode até se apresentar. Mas, somente assim é possível avançar, o amadurecimento encontrar. Crescer pode até vir a doer, mas ficar parado faz desfalecer. Estagnado se manter, já é em si uma forma de retroceder.

Todos têm opinião sobre a questão, mas ninguém de fato domina a situação, para muitos virou rotina a manifestação. Poucos procuram bem estudar, analisar, criticar e averiguar, a maioria se expõe sem pensar. Não há como o bom senso florescer, muitos não querem bem entender, é triste ver o país lentamente perecer. Eu observo, penso e me vejo sofrendo, em meu silêncio estou remoendo, talvez um dia tudo vou compreendendo.

Ideias, planos e metas o coração tem, a esperança sempre se mantém, do sonho até se parece refém. A mudança todos querem ver, de fato, a melhora deve aparecer, às vezes maus planos havemos de ter. O Plano B é o que nos cabe programar, sabendo que de fato o Criador está a realizar, a surpresa d'Ele há de nos encantar. O Plano A está no coração de Deus, mesmo sabendo dos sonhos meus, Ele conhece o melhor para os filhos seus. 

Novo ano que começa, mas não é hora de ter pressa. A palavra de ordem é perseverança, não desistir em meio à andança. Não adianta iniciar com grandes planos, se perdem nos sofrimentos humanos. Isso pode trazer muitos danos, é preciso evitar sonhos tiranos. Necessário se faz ter os pés não chão, agir de acordo com a real questão. Não ignorar as vontades do coração, mas trabalhar junto à humana imensidão. A busca por uma nova caminhada, deve ser sempre bem estruturada. Assim, a meta pode ser alcançada, e a alma se sinta realizada.

Por vezes temos o ego inflamado, parece que em nada há de ser superado. Esquecemos de Deus ao nosso lado, é Ele quem nos tem sustentado. Nessa hora é comum cada um falhar, está recorrente ao humano errar. Constatamos a hora de parar e pensar: Há em mim motivo de me orgulhar? Existe aí um momento para se perceber: é de Deus o bem que temos a oferecer. Ele, em cada um está a promover um modo de curar todo nosso ser. Vemos aí nosso lugar na criação: meros instrumentos para levar à Salvação. Devemos ser para o outro motivo de conversão, cuidar da humanidade em questão.